De acordo com Saviani (2012), as críticas ao modelo de educação da Pedagogia Tradicional contribuíram para a origem de uma nova teoria da educação com um cunho de renovação: o “escolanovismo”. Estas pedagogias entendiam que se a escola não cumpria seu papel na correção das distorções (lembre-se da questão da marginalidade tratada no início deste material), era porque o tipo de escola implantado era inadequado.
A classificação de José Carlos Libâneo e considerações de Dermeval Saviani
Na classificação das Tendências Liberais a partir de Libâneo (1994) estão as Pedagogias Renovadas, classificadas em duas versões no cenário brasileiro: a Pedagogia Liberal Renovada Progressivista e a Pedagogia Liberal Renovada Não-Diretiva.
Pode-se dizer que ambas as tendências renovadas possuem a mesma raiz na Pedagogia Nova, mas cada uma traz uma “pegada” diferente. Mas por terem a mesma matriz, Saviani vai juntar estas duas tendências em uma só: a Escola Nova ou Pedagogia Nova ou escolanovista, dentro sua classificação das Teorias Não-Críticas.
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Segundo Gadotti (2003), a Escola Nova foi o movimento mais vigoroso de renovação da educação no Brasil e sua teoria e prática se disseminou em muitas partes do mundo, fruto de uma renovação geral que valorizava a autoformação e a atividade espontâneo da criança.
Tendência Pedagógica Renovada Progressivista ou Pragmatista
Sua concepção de educação foi principalmente difundida pelos pioneiros da Educação Nova. No campo internacional, teve por influência autores como John Dewey, William Kilpatrick, Paschoal Leme, Maria Montessori, Declory e a Psicologia do Desenvolvimento de Jean Piaget. No campo nacional, teve por influência e disseminação por Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo e Lourenço Filho.
Mas foram as ideias do educador norte-americano John Dewey (1859-1952) que influenciaram o cenário educacional brasileiro. Para ele, o ensino deveria ser pela a ação e não pela instrução, devendo a escola reconstruir a experiência concreta, ativa e produtiva de cada um.
Nesta concepção, o aluno é o centro do processo de aprendizagem, não mais o professor como era na Pedagogia Tradicional. Valoriza-se o trabalho coletivo, da troca, da ação ativa da criança sobre o conhecimento a ser construído, crendo que a criança se desenvolve em etapas gradativas, mantendo-se o respeito ao ritmo individual dos alunos.
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Por se tratar de uma Tendência Liberal, Libâneo vai dizer que a Pedagogia Progressivista acentuou o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões individuais, por meio da educação.
Tendência Renovada Pedagógica Não-Diretiva
De cunho Humanista, a Pedagogia Renovada Não-Diretiva foi inspirada nas ideias do psicólogo Carl Rogers. Ela tem por objetivo o desenvolvimento pessoal e as relações interpessoais. Portanto, mais uma vez traz aspectos dos estudos da Psicologia para o campo educacional.
Carl Rogers não traz um método de ensino, mas sim uma concepção de educação. As suas ideias para a educação são uma extensão da sua teoria como psicólogo, em que o psicólogo, e, portanto, o educador, trabalha de forma não-diretiva, pois o sucesso estaria na centralidade no paciente e, neste caso, no aluno.
Nesse sentido, a preocupação não está em ensinar, mas sim em criar condições que promovam a aprendizagem, por isso o professor se torna um facilitador neste processo de aprendizagem. Além disso, considera-se que a atmosfera afetiva do ambiente favorece ou prejudica a aprendizagem.
Todo o esforço educacional deve estar voltado para a mudança de dentro do indivíduo, para que ele atenda às solicitações do ambiente. O processo educativo deve despertar o potencial do estudante, logo, a escola deve dar assistência para que os alunos se tornem independentes e que saibam buscar o seu próprio crescimento.
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Logo, aprender significa modificar suas próprias percepções, só se aprende o que estiver significativamente relacionado com o interesse do aluno, portanto, a motivação do educando resulta do desejo de autorrealização e autodesenvolvimento.
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